sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Degradação Ambiental



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As atitudes humanas têm ido de encontro à manutenção do equilíbrio ambiental. A degradação ambiental pode ser definida por um processo de degeneração do meio ambiente, em que as alterações do ecossistema relacionados ao desenvolvimento e crescimento das economias implicam em mudanças na fauna e na flora natural. Geralmente está associada à ações antrópicas, podendo decorrer também de resultados da evolução de ecossistemas ou até mesmo por meios naturais. As principais formas de degradação ambiental são desmatamento, queimadas e poluição. É um problema que afeta toda a população mundial, e vem se intensificando, elevando o nível de preocupação com as mudanças na temperatura média da atmosfera terrestre e podendo elevar o nível dos oceanos.

A introdução de matérias tóxicas no sistema ecológico acaba por destruir forças naturais. Boa parte da água doce que é retirada do meio ambiente e não é consumida, acaba tendo sua qualidade alterada por falta de tratamento, por tóxicos, que misturados afetam seriamente o ambiente onde foi despejada, perturbando a qualidade da água doce natural. As primeiras áreas de risco afetadas pela degradação ambiental são as águas de regiões de grande densidade populacional. Os problemas têm se agravado quando relacionados à saúde publica, pois doenças provocadas pela água não tratada vêm acontecendo, gerando um ciclo com grande dificuldade de ser solucionado.

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Atualmente, a cada 14 segundos, morre uma criança vítima de doenças hídricas.  Os esgotos e resíduos humanos são causas principais dessa deterioração da qualidade da água em países em desenvolvimento. O crescimento urbano acelerado acabou por concentrar população de baixa renda em periferias onde os serviços de saneamento são precários, gerando poluição concentrada e sérios problemas de assoreamento e saúde local. Estima-se que um terço dos óbitos dos países em desenvolvimento estejam relacionados ao consumo de água contaminada, e em média, um décimo do tempo produtivo de cada pessoa se perde devido a doenças relacionadas à água contaminada.

Obviamente isso tudo resulta em prejuízos econômicos causados pela degradação do meio ambiente como um todo, levando a extinções biológicas graves e a alteração de todo um ecossistema. A recuperação de algo que fora totalmente degradado pode ser uma forma onerosa de resgate do meio, e acaba sendo deixada para segundo plano por autoridades por estar relacionado a algo caro e com obtenção de resultados em longo prazo. Porém, o investimento em ações que agora poderiam começar a resultar em uma boa qualidade de vida relacionado aos problemas ambientais seria uma boa estratégia. Uma das conclusões de um relatório lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é a possibilidade de aliar a economia verde ao combate à pobreza, pois apresenta práticas econômicas sustentáveis em regiões pobres incluindo a questão da degradação ambiental.
Klima Naturali
Outra forma de amenizar a degradação ambiental, além da utilização dos combustíveis renováveis, seria a redução das emissões de gases de efeito estufa, pois pesquisas, de diversas universidades do mundo, revelaram que 90% da emissão de poluentes na atmosfera devem-se aos automóveis movidos a combustíveis fósseis. Segundo estudos realizados pela Universidade de Vermont, este tipo de produção energética, em sua maioria, é de baixo custo.

No município de Florianópolis, é notável a visualização de casarões, edifícios residenciais, hotéis e restaurantes muitas delas em áreas de preservação permanente. Estima-se que 60% das construções levantadas ao longo da história da cidade são irregulares. Além disso, há o visível aumento do nível de poluição. A fumaça dos veículos, o lixo jogado nos córregos, em curso d’água, praias e lagoas, só faz aumentar a degradação ambiental. Lembra o diretor de fiscalização Bruno Palha que a recuperação da área degradada do entorno do Rio Papaquara, no norte da Ilha, é resultado do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), elaborado pelo biólogo Francisco Antônio, da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram). Atividade intensa de autoridades com relação a esse tipo de assunto é essencial para a iniciação de mudanças que levem a uma sociedade mais consciente.
                A preocupação com a degradação ambiental deixou de ser somente uma bandeira de luta de ambientalistas fervorosos, passando a representar um sério problema à sociedade e ao meio. Embora pesquisas tenham evoluído nas últimas décadas, não existem soluções instantâneas que possam resolvê-la. Seria essencial um desenvolvimento de uma consciência ambientalista e intensificação do uso de medidas punitivas, além da necessidade de as gerações atuais adquirirem uma nova cultura que garanta seu próprio bem estar e sobrevivência futuros.

terça-feira, 27 de março de 2012

Sustentabilidade e aquecimento global

Eng. Agr. Alex Eckschmidt, MSc
Eduardo Bekow, Economista.


O aumento crescente das discussões internacionais em paralelo à poluição e aos desastres ambientais criou mecanismos de mitigação como forma de frear a degradação ambiental, migrando gradativamente para o que se chama de desenvolvimento sustentável. Visto que, o vigente sistema econômico sustentado por uma sociedade de consumo dependente de energia fóssil está emitindo os chamados gases de efeito estufa que além de modificar o sistema climático, está elevando a temperatura global.

A partir deste enfoque teórico e do aumento da conscientização mundial, surgiu um movimento de amparo às necessidades ambientais, sociais e econômicas que visa tanto promover o bem-estar global como a manutenção do meio ambiente, a favor de um crescimento econômico sustentável, que possui as mais distintas interpretações.

Uma das práticas mais consolidadas internacionalmente é o Inventário de Gases de Efeito Estufa e a compensação destes, através da compra de crédito de carbono ou plantio de árvores. O protocolo mais utilizado é o GHG (desenvolvido pelo IPCC da ONU), que busca assegurar que o inventário reflita, com exatidão, as emissões da empresa e que sirva às necessidades de decisão dos utilizadores – tanto no nível interno como no externo à empresa.
Desta forma, a sustentabilidade se transformou no carro chefe desse processo de institucionalização que insere o meio ambiente na agenda política internacional, e assim sendo, podemos evidenciar que um dos principais resultados da disputa política pela definição da sustentabilidade foi um claro predomínio da economia na determinação do que devam ser a teoria e a prática do desenvolvimento sustentável.