terça-feira, 21 de junho de 2011

Inventário e compensação de emissões de gases de efeito estufa

Por Eng. Agr. Alex Eckschmidt

Satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades”. Essa é a definição de desenvolvimento sustentável, estabelecida em 1987 pelo Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial para Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com base neste relatório as empresas seguem o caminho da sustentabilidade para também aderirem à índices do mercado financeiro como o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), e o consumidor passa a exigir a cada dia uma postura mais consciente na hora de fazer suas escolhas. Segundo a GreenBiz Intelligence Panel, fevereiro/2010, uma pesquisa em empresas com faturamentos superiores a US$ 1 bilhão, apontou que 86% destas deixarão igual ou aumentarão seus investimentos no desenvolvimento de ‘produtos verdes’, e 59% aumentarão seus investimentos. 

O Inventário de Gases de Efeito Estufa-GEE`s e sua compensação através do plantio de mudas ou compra de créditos de carbono de boa procedência, é, sem dúvida, uma grande ferramenta na luta a favor do desenvolvimento sustentável e contra as mudanças climáticas. A Inventariação e compensação das emissões de GEE`s pode ser realizada desde os atos de uma pessoa física até a produção industrial de uma empresa dos diversos setores.

O inventário de emissões é uma espécie de raio-X que se faz em uma empresa, grupo de empresas, setor econômico, cidade, estado ou país, para se determinar fontes de gases de efeito estufa nas atividades produtivas e a quantidade lançada à atmosfera. Fazer a contabilidade em GEE´s significa quantificar e organizar dados sobre emissões com base em padrões e protocolos e atribuir essas emissões corretamente a uma unidade de negócio, empresa, país ou outra entidade. 

Em novembro de 2009, o jornal Valor Econômico noticiou que a partir de Compenhague, o EBITDA, indicador usado para medir a capacidade de geração de caixa das empresas, ganhou um “C” passando a se chamar EBICTDA (Earnings Before Interests, Taxes, “Carbon Regulation”, Depreciation and Amortization), incluindo a emissão de carbono (representante dos gases de efeito estufa) como item na avaliação do potencial das instituições.

O procedimento sugerido como mais adequado é um monitoramento “in loco”, no que diz respeito ao consumo de água e energia, além das emissões dos resíduos e da produção, contabilizando ainda os meios de transporte (avião, carro, moto e transporte público) como grandes emissores de CO2eq. O resultado dará um valor final de emissões (em toneladas), onde a partir disso será feita a  compensação. Todas as informações utilizadas para realizar o cálculo de inventariação devem ter sua origem rastreada, para dar credibilidade ao processo. 

A metodologia do GHG PROTOCOL, dentre as diferentes existentes para a realização de inventários de gases do efeito estufa, é a ferramenta mais utilizada mundialmente pelas empresas e governos para entender, quantificar e gerenciar suas emissões. O GHG Protocol foi desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) em parceria com o World Business Council for Sustainable Development (WBSCD). 

Dentre as características da ferramenta destacam-se o fato de oferecer uma estrutura para contabilização de GEE, o caráter modular e flexível, a neutralidade em termos de políticas ou programas e o fato de ser baseada em um amplo processo de consulta pública. A metodologia do GHG Protocol é compatível com as normas ISO e as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), e sua aplicação no Brasil acontece de modo adaptado ao contexto nacional. Além disso, as informações geradas podem ser aplicadas aos relatórios e questionários de iniciativas como Carbon Disclosure Project, Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Global Reporting Initiative (GRI).

Eng. Agr. Alex Eckschmidt
CREA-SC 062803-2
email: alex.e@e-consciente.com

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Empresas de energia temem grande declínio nos preços do carbono

O mercado de carbono da União Européia pode ser inundado por permissões de emissão excedentes ao longo da próxima década, cortando preços e minando investimentos em energias limpas, alertaram cinco empresas de energia européias nesta terça-feira.

As produtoras, incluindo as britânicas Scottish e Southern Energy e a dinamarquesa Dong, disseram que a queda dos preços poderia: “prejudicar severamente os inventivos empresariais para investimento em tecnologias de baixo carbono”.

A nova diretiva da União Européia para eficiência energética, que será finalizada no final de junho, proporá a redução no consumo de energia em edifícios, veículos e indústrias.



noticia completa em: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/espaco_reuters/noticia=727787

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aumento do número de águas-vivas pode prejudicar absorção de carbono dos oceanos

Já é sabido que as mudanças climáticas têm influenciado no aumento do número de águas-vivas registrado nos últimos anos. Agora, um novo estudo do Instituto de Ciências Marítimas da Virgínia anunciou que o inverso também pode estar acontecendo: o crescimento da população do animal pode estar produzindo mais carbono do que o oceano pode absorver, intensificando a eliminação de CO2 para a atmosfera.


Além de agravar as alterações climáticas, a pesquisa indica também que a proliferação de águas-vivas pode desequilibrar a cadeia alimentar marinha, fazendo com que o animal consuma o alimento de outras espécies, o que pode levar ao desaparecimento gradual destas.

veja notíca completa em: www.carbonobrasil.com.br

quarta-feira, 1 de junho de 2011

São Paulo é sede de encontro internacional sobre mudanças climáticas

C40 reúne representantes de diversas cidades do mundo para discutir problemas e soluções para o aquecimento global


A cidade de São Paulo vai receber entre terça-feira (31/05) e sexta-feira (03/06) cerca de 500 representantes de cidades de todo o mundo para o encontro do C40, evento que tem como objetivo debater as alterações climáticas, apontar seus problemas e levantar soluções.

A reunião do C40, grupo de 40 grandes cidades de todo o mundo comprometido a lidar com as mudanças climáticas, é uma oportunidade para que os governos troquem informações sobre as alterações climáticas e conheçam novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas para combater o problema.
“O C40 nasceu do fato de que muitas cidades são pioneiras nas melhores práticas pra reduzir as emissões de gases do efeito estufa, mas são ruins na hora de contar umas pras outras o que estão fazendo. O C40 junta todo mundo pra conversar, aprender com a experiência e com os erros do outro”, esclareceu Simon Reddy, diretor executivo do encontro.

A troca de informações no evento permitiu, por exemplo, que Joanesburgo, na África do Sul, aprendesse e utilizasse na Copa de 2010 uma técnica de construção de corredores de ônibus desenvolvida em Bogotá, na Colômbia. Neste ano, entre outros projetos, será apresentado por São Paulo o ônibus movido a etanol, que começou a circular na última sexta-feira (27), e a ciclofaixa de lazer, ampliada no último domingo (29).
O encontro, que ocorre desde 2005 a cada dois anos, já foi sediado em Londres, na Inglaterra (2005), em Nova York, nos Estados Unidos (2007) e em Seul, na Coreia do Sul (2009). No Hemisfério Sul, é a primeira.
veja em: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?item=77&id=727662&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter